segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Estar Contigo.

Estar contigo é bom
Beijar os teus lábios
Vermelhos de batom,
Dos quais os meus são beneficiários.

Estar contigo faz me sentir bem
Gosto de te ouvir
Como nunca ouvi alguém
E isso faz-me sorrir.

Estar contigo é tudo para mim
És tão querida para comigo
Nunca vi nada assim,
Quero um dia ser assim contigo.

Estar contigo faz-me de tudo
Faz-me pensar em nada senão em ti
Sei que posso ser cabeçudo,
Mas tens sempre paciência para mim

Enfim...
De tudo já fizeram comigo,
Mas nunca nada assim,
E farei tudo para estar sempre contigo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O ser.

Uma estupidez sem fim
Rotina do dia-a-dia
Porque têem as pessoas de ser assim?
Com sentimentos de angústia e de azia.

Sempre tão deslocadas
Não somos nada nem ninguém
Sempre tão preocupadas
E nunca nos sentimos bem

Demonstramos aos outros ser superiores
Mas não somos nada
Perdemos tudo, felicidade e amores
Somos uma pessoa desesperada

Somos horríveis por natureza
Destruímos o que nos rodeia
Aos poucos, só sobrará a tristeza
O que se passa? não faço a mínima ideia.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"Tempo."

O que eu dava para tudo mudar
Para tudo remediar
É tarde...apesar de achar...
Mais valia a pena prevenir que lamentar.

O tempo cura seja o que for
Demore o tempo demorar
Cicatrizes, tristezas ou mágoas de amor,
Mas...mais valia a pena prevenir que lamentar

Está em cada pessoa errar
Em cada pessoa amar,
Está em cada pessoa perdoar
Em cada pessoa lamentar.

O tempo faz de nós o que ele quer,
Cura-nos, faz-nos ressentir
Faz o que o tempo bem entender
Mas melhor que tudo, o tempo faz-nos sentir.

Há tanto para dizer sobre o "tempo".Por mais que escrevesse sobre Ele...não chegava.

sábado, 12 de março de 2011

Migalhas parte II

Sento-me no mesmo banco de há dias
Já não vejo os pombos
Sentado aqui, lembro-me como sorrias
Já não vejo aqueles tontos.

Estranho... apareceram, até mesmo um colibri
Assim que me pus a pensar em ti
Uma das coisas mais estranhas que já vi
E foi por isso mesmo que sorri.

Estranho, foram-se outra vez,
O colibri passou por mim rez vez,
Assim que deixei de pensar na tua pessoa,
E é assim que o pombo voa.

Ficou um casal de pombos aos meus pés
E um avião passa por cima de mim
Não tomei atenção, foi-me indiferente, apesar do barulho
Concentro-me no casal de pombos ainda assim.

Devia ter trazido pão
Á medida que enchia os pombos
De esperanças e pensamentos ilusórios e tontos
Se enchia o meu coração.

Pela segunda vez acendo o meu cigarro
E é aí que acontece algo de bizarro
Quando em ti pensei,
A folha em que escrevi queimei.

Dois homens sentados á minha frente estão
Outros tempos, outra geração,
Nota-se pelas suas rugas, e peso da idade,
Consequências da vida rotinosa da cidade.

E deste banco agora me vou me embora
Já perdi muito tempo, já passa da hora
Antes de me ir no autocarro,
Penso...e não vale a pena acender outro cigarro.

Alusão a outro poema. "Migalhas"

quarta-feira, 9 de março de 2011

O telefone.

"Ya", fartas-te de repetir isso,
Acho graça á tua voz,
Tudo teu, original, nada postiço.
Todos os meus pensamentos emanam de ti, a minha foz.

Não paras de rir,
Não que eu não goste, eu adoro,
A mim me faz sorrir,
Essa tua voz, e coração de ouro.

Chamas-me de multifacetado,
Eu apenas penso em ti, quero-te em mim deixar presa,
Olho para o ontem como passado,
E todos os dias é uma surpresa.

Quem me mandou estar a escrever?
Ninguém, tens toda a razão,
Tenho saudades, preciso de voltar a ver,
E daqui a um instante, para ti, isto te irei ler.

Já chega, já me chateias, já não sabes o que dizer,
Só eu para para te ouvir,  mas nada me impede de isso gostar,
É preciso ouvir-te para crer,
Já chega, tá na hora, vou desligar.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dor.

Faço de tudo por por todos,
Por ti, eu que te ajudo tanto
Mas ainda assim,
Continuas com os mesmos pensamentos ocos.

Porque insisto eu?
Quero fugir destas quatro paredes,
Coimbra, Évora, Lisboa, ou Viseu,
Não consigo pois tu me impedes.

Impossível continuar assim,
Seria de uma infelicidade enorme para mim,
És doente, deprimente e demente,
Mas de tudo fiz por ti ainda assim.

Estou cansado de viver,
Estou cansado de respirar,
Estou cansado de te ver,
Estou cansado de agoirar.

Porque não pego nas pernas e me vou?
Porque tu não deixas,
O passado outra vez voltou,
Não és saudável, apenas me rebaixas.

Tou saturado de ti, sai, desaparece,
Não aguento mais, estou cansado,
Só quero que alguém me ouça,
Que alguém me responda a esta prece.

Quero que alguém pegue em mim e me leve,
Para longe daqui, sítios muito distantes,
Alguém se atreve?
Peço agora, o quanto antes.

Alguém que me faça esse favor,
Não aguento mais isto e disto,
Continuo a falar do mesmo,
Esta minha coisa, esta minha dor.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Algo engraçado.

Criativa, algo que este meu ser irá gostar,
Invulgar, como eu gosto,
Não haverá nada a comparar.

Tipicamente estranha, sempre com ideias,
Ignóbil por vezes,
Amorosa sempre, afectas todos os que rodeias.

Ficarei feliz, contigo aqui
Inutilmente, não poderei fazer nada,
Gostarei de ti,

Única, sim és
Engraçada, fazes me rir,
Invulgarmente bonita da cabeça aos pés.

Risonha, e eu gosto, para variar
Envoltas-te á minha volta como um cobertor,
De ti não me impeças de gostar,
Outra vez amor...cobre-me disso, de amor.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Talvez.

Já não era sem isso...
Algo que não corrompo,
Fala-me disso,
Esse "isso" é o "tempo"?

A vontade de escrever passou-me,
Encontrei outro algo em que pensar,
Direi outra vez, "amo-te"
E outra vez alguém me voltará a amar.

História parecida...
Um "déja vu"
Uma bela adormecida,
Ninguém como tu.

Não preciso de beber,
Não preciso de fumar,
Só preciso de te ver,
Só preciso de ti gostar.

O dia voltou a ter cor,
O sol voltou a brilhar,
Com este meu amor,
De ti irei cuidar.

Obrigado pela tua companhia,
Eu sabia perfeitamente,
Que este meu ser te acolhia,
Sem mentiras, segundas intenções, sinceramente.

É arriscado, poderá não resultar,
Mas que tal, tornarmos isto real?
Tu, que me lembras a brisa do mar,
Serei eu a tua terra, a tua costa, o teu sal.

 Sem mais minha querida,
Acabou a tua vez,
De estar sempre abatida,
Estou cá eu, espero que resulte, talvez.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sem paciência.

É demasiado tarde para ficar com ciúmes,
Hoje ainda te poderia ver nos olhos,
Olhos de peixe, brilhantes como cardumes,
Esses que em tempos me serviram como agasalho,
As nossas mãos que as unes,
Que se foda, que tudo vá para o caralho.

Falo da maneira que quiser,
Sem dó e sem piedade,
Podias hoje ser, a minha única mulher,
Sempre te levei com seriedade,
Agora que seja como Deus quiser,
O tempo que se esfumará juntamente com a minha idade.

Há sempre um pouco do escritor
Que vai junto com a tinta da caneta,
Um pouco de ódio, e um pouco de amor,
Para que escrevo? É tudo uma grande treta,
Não interessa para o quê ou para o que for,
Com a minha caneta, continuarei esta soneta.

"Aquele" meu relógio continua igual,
Os ponteiros nunca avançam, sempre parado,
Será isto normal?
De amargura deixo o chão que piso, sujado,
Só me tenho feito prejudicado, só me tenho feito mal.
No futuro olharei para isto, e direi..."É passado."

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mas porquê?

Para quê acordar?
Se voltarás a dormir,
Para quê descansar?
Se nesse botão voltarás a premir.

Para quê de manhã abrir os olhos?
Se de noite os voltarás a fechar,
Para quê ires por atalhos?
Se depois teres que regressar.

Para quê fazer a cama?
Se voltarás a desfazê-la,
Para quê dizer que ele a ama?
Se voltará tudo á mesma mazela.

Para quê regar uma flor?
Se no fim irá morrer,
Para quê chamar-te de amor?
Se no fim tudo se irá desvanecer.

Para quê te lavares?
Se no fim te voltarás a sujar,
Para quê te chateares?
Se no fim voltarás a amar.

Para quê perguntares?
Se voltarás a perguntar,
Para quê me amares?
Se no fim me voltarás a odiar.

É estúpido, mas nínguém sabe as respostas,
Se pensares assim,
E deste meu pensamento gostas,
Terás uma doença igual a mim.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Relógio.

Tomo um banho de amarguras,
De água gelada,
De pensamentos e palavras duras,
Mas tudo para te voltar a ver, minha amada.

Abro uma porta de madeira,
Saio de um mundo horrível
Para um pior, sei que já fiz asneira,
Ainda assim, este será mais apetecível.

Entretenho-me com coisas banais,
Á tua espera, sei que virás,
Espero, mas jamais,
Mas quando chegares, meus olhos abrirás.

Entre o fumo do cigarro que expiro,
Entre o relógio que está parado,
O teu cheiro que se aproxima, já o respiro,
Mas o meu relógio continua atrasado.

Mexe os ponteiros, ordeno-te
Merda para ti e merda para o tempo,
Quem tu pensas que és? Odeio-te!
Sempre contra mim, sempre um contratempo.

Uma eternidade depois lá apareces,
Os ponteiros finalmente se mexeram,
Que estupidez, descobri que afinal só me aborreces,
Tantas foram as palavras que se abstiveram.

Para quê a espera?
Para quê todo o sacrifício?
Porquê estar sempre antes? na véspera?
Todo este tempo, não passou de um desperdício.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Fala-me dela.

De Primavera, fala me dela,
Da sua felicidade contagiante
Algo único que pertence só a ela,
Adoro-a demasiadamente.

De Verão, fala-me dela,
Ficarei encarregue, serei o seu tutor,
Ficará ao meu alcance, sobre a minha tutela,
Ficarei com o seu amor.

De Outono fala-me dela,
As folhas caem e ela entristece,
Nessa altura agirei com cautela,
É nessa altura que o meu coração por ela estremece. 

De Inverno, fala-me dela,
Da sua inabilidade,
O seu humor livre como uma aguarela,
Esperarei em qualquer estação, até ao fim da minha idade.

Enfim, fala-me dela,
Fica comigo e conta-me
Fico horas a ouvir-te, esta nossa novela,
Afinal, pode ser que ela me ame.

Migalhas.

Sou como um pombo
Sigo todas as migalhas que me deixas,
Cada bocado de cada madeixa
Triste e pobre tonto.

Não sopres na direcção errada
Não me afugentes
Antes que experimentes,
Só te quero como minha amada.

Segui as tuas migalhas até um certo ponto,
Até não conseguir viver,
Como eu disse, triste e pobre tonto,
Este pombo só a ti te quer.

Acabaram-se as migalhas
As tuas madeixas e olhos de peixe,
Peço ao teu amor que não me deixe,
Pois com ele no meu encalhas.

Não há mais migalhas, e eu voei,
As tuas madeixas e olhos de peixe eu perdi,
E o teu amor, nunca mais o vi,
E assim com a nossa história eu terminei.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

6 de 7

"Amo-te", disseste-me tu
Que me dissesses isso tinha eu medo,
Agora é tarde, estraguei tudo,
Gostava que o tivesses dito mais cedo.

Custou-te caro essa arrogância
E em mim impingiste 6 de 7 pecados
Queria-te inteira e não aos bocados,
Esse meu primeiro pecado seria a Ganância.

Por ti, anos esperei
A ti sempre te desejei,
Sou alguém que acima de todos te deseja,
Esse meu segundo pecado seria a Inveja.

Quero te tanto,
Depois de tantos anos com o mesmo pensamento
Sou alguém que acima de todos, de ti precisa,
Esse meu terceiro pecado seria a Cobiça.

Queria engolir o teu amor,
Cada vez que o vejo, seja como for
Tenho fome pelo teu amor, por ele o meu coração pula,
Esse meu quarto pecado seria a Gula.

Desejo o teu rosto,
Desejo o teu corpo,
Típico de uma pessoa "Sauria"
Esse meu quinto pecado seria a Luxúria.

Odeio-te de tempo em tempo,
Tudo devido ao teu comportamento,
O mais irado que alguma vez ela vira,
Esse meu sexto pecado seria a Ira.

Só houve um de sete que não cumpri,
Pois concluindo, fiz de tudo por ti,
Esta minha vontade que sempre se manteve omissa,
Este se o realizasse, seria a Preguiça.



*Sauria- Sabe o que quer da vida, e também como chegar lá. Tem grande habilidade para envolver as pessoas que podem ajudá-lo a tocar e realizar seus projetos, não se importa em ter que usar um teatrinho quando necessário. Possui uma sensualidade que não passa despercebida por ninguém, e aprendeu a se valer desta arma. Principalmente entre quatro paredes.Com tendência para se tornar demasiado controlador.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Alma despida

Numa noite quente,
Nos beijamos
De forma indecente,
Nos tocámos.

Entrei no teu mundo,
Desastrado...
Que nem um vagabundo
De coração acelerado.

As luzes se apagaram,
Só eu e tu, no escuro
As respirações que se abafaram
De um calor tão duro.

Dirigi me a ti,
Despi te da tua alma
Pois sem ela
Nunca te vi.

Abraçámos-nos, beijámos-nos
Trocámos palavras de felicidade
Mas nada tirará
Os nossos rostos de ansiedade.

Sobre um sonho me debruçei
E o teu corpo eu beijei,
O teu rosto acariciei
E ao teu lado me deitei.

Queria que não tivesse fim
Queria parar o tempo
Pois nunca me tinha sentido assim
Eu e tu, na nossa noite ao relento.

E assim foi,
Uma noite sentida
E tu deixaste-me nu,
Com esta alma, despida.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O que é Meu, é Teu.

Gosto do teu sorriso,
Se não te importares
Ficarei com isso,
Mais esses teus lábios suaves.

Gostas da minha ingenuidade
Fica com ela, é tua
Encara-a com seriedade
É a minha alma nua e crua.

Leva a minha arrogância
E mais defeitos meus
Surgidos na minha infância
A partir de agora, são teus.

De mão dada
E coração unido
Cuida desta alma
Este pobre trapo escarnido.

Fico com o teu coração
E tu ficas com o meu,
Para que nos anos que virão
O que for meu ser teu.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sorriso

As vezes difícil de sair,
Outras vezes inexistente,
Hoje, apenas o teu rosto,
Me faz sorrir.

Não quero dar o braço a torcer,
Aconteça o que acontecer,
Não deixarei este meu sorriso,
Se abater.

Hoje é o meu dia,
Contigo aqui,
O meu sorriso,
Nunca se desvanecia.

Sinto me feliz,
O teu leve sorriso,
Faz me lembrar,
A bela flor-de-liz.

Ele nunca é em demasia, 
Peço-te, sorri
Uma droga para mim,
Uma anestesia.

Sorri para mim meu amor,
Sem ele não vivo,
Sem ele não respiro,
Minha linda e única flor.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Adeus, meu Amor.

Dei lhe a minha mão,
Dei-lhe o meu coração,
Ela nao quis saber,
Que fique só, na solidão.

Entre copos e beatas,
As horas vão passando,
Sou aquilo que vês,
Aquilo que tu constatas,

Quedas todos dão,
Uma, duas, ou três,
Cicatrizes que  se reabrirão,
Outra, outra e outra vez.

Vê no que me tornei,
Em tempos um rei,
Caí, mas deste chão,
Me levantarei.

E de novo verei,
Este Mundo com cor,
Livre de tudo, de novo um rei,
Sem mais, adeus, meu Amor.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sentado, esperando, desejando...

Sentado num banco,
As horas vão passando,
Por ti esperando,
Por ti desejando.

Dia, tarde ou noite,
Sol, chuva ou neve,
Sentado neste banco,
Espero te ver em breve.

A noite passou,
As estrelas se foram,
Elas que ao olhar para ti,
Tal como eu coram.

O sol de lá do horizonte reaparece,
Ninguém respondeu á minha prece,
Ainda não me cansei de te procurar,
Esperarei até ao ultimo luar.

Esperei, espero e esperarei,
A minha utopia,
Algo que nunca terei,
Algo que a mim me arrepia.

A procura continua,
À medida que os anos vão passando,
Esta minha alma nua,
Ficará sentada, esperando, desejando...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Mágoa.

Palavras que outrora me disseste,
Que como calculava, eram mentiras,
Juras que outrora me fizeste,
Apenas reabriram as minhas feridas.

Experienciei momentos e emoções,
Senti sentimentos nunca antes sentidos,
Como imaginava, apenas ilusões,
Consciência tranquila, todos os meus males admitidos.

Sei que sou o que sou,
Todos os defeitos de que me possas acusar
Não interessa, o tempo já passou.
Não percebo mais, esse teu "amar".

Foste me tudo, e ainda o podias ser,
Futilmente, hoje,
Só me serves para entreter,
Lamento, não te quero mais ter.

Tudo dito,
Tudo feito,
Desta página,
Irá nascer um ser refeito.


Inspirado em grande parte de "já foi" de Liliana Silvestre.