quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dor.

Faço de tudo por por todos,
Por ti, eu que te ajudo tanto
Mas ainda assim,
Continuas com os mesmos pensamentos ocos.

Porque insisto eu?
Quero fugir destas quatro paredes,
Coimbra, Évora, Lisboa, ou Viseu,
Não consigo pois tu me impedes.

Impossível continuar assim,
Seria de uma infelicidade enorme para mim,
És doente, deprimente e demente,
Mas de tudo fiz por ti ainda assim.

Estou cansado de viver,
Estou cansado de respirar,
Estou cansado de te ver,
Estou cansado de agoirar.

Porque não pego nas pernas e me vou?
Porque tu não deixas,
O passado outra vez voltou,
Não és saudável, apenas me rebaixas.

Tou saturado de ti, sai, desaparece,
Não aguento mais, estou cansado,
Só quero que alguém me ouça,
Que alguém me responda a esta prece.

Quero que alguém pegue em mim e me leve,
Para longe daqui, sítios muito distantes,
Alguém se atreve?
Peço agora, o quanto antes.

Alguém que me faça esse favor,
Não aguento mais isto e disto,
Continuo a falar do mesmo,
Esta minha coisa, esta minha dor.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Algo engraçado.

Criativa, algo que este meu ser irá gostar,
Invulgar, como eu gosto,
Não haverá nada a comparar.

Tipicamente estranha, sempre com ideias,
Ignóbil por vezes,
Amorosa sempre, afectas todos os que rodeias.

Ficarei feliz, contigo aqui
Inutilmente, não poderei fazer nada,
Gostarei de ti,

Única, sim és
Engraçada, fazes me rir,
Invulgarmente bonita da cabeça aos pés.

Risonha, e eu gosto, para variar
Envoltas-te á minha volta como um cobertor,
De ti não me impeças de gostar,
Outra vez amor...cobre-me disso, de amor.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Talvez.

Já não era sem isso...
Algo que não corrompo,
Fala-me disso,
Esse "isso" é o "tempo"?

A vontade de escrever passou-me,
Encontrei outro algo em que pensar,
Direi outra vez, "amo-te"
E outra vez alguém me voltará a amar.

História parecida...
Um "déja vu"
Uma bela adormecida,
Ninguém como tu.

Não preciso de beber,
Não preciso de fumar,
Só preciso de te ver,
Só preciso de ti gostar.

O dia voltou a ter cor,
O sol voltou a brilhar,
Com este meu amor,
De ti irei cuidar.

Obrigado pela tua companhia,
Eu sabia perfeitamente,
Que este meu ser te acolhia,
Sem mentiras, segundas intenções, sinceramente.

É arriscado, poderá não resultar,
Mas que tal, tornarmos isto real?
Tu, que me lembras a brisa do mar,
Serei eu a tua terra, a tua costa, o teu sal.

 Sem mais minha querida,
Acabou a tua vez,
De estar sempre abatida,
Estou cá eu, espero que resulte, talvez.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sem paciência.

É demasiado tarde para ficar com ciúmes,
Hoje ainda te poderia ver nos olhos,
Olhos de peixe, brilhantes como cardumes,
Esses que em tempos me serviram como agasalho,
As nossas mãos que as unes,
Que se foda, que tudo vá para o caralho.

Falo da maneira que quiser,
Sem dó e sem piedade,
Podias hoje ser, a minha única mulher,
Sempre te levei com seriedade,
Agora que seja como Deus quiser,
O tempo que se esfumará juntamente com a minha idade.

Há sempre um pouco do escritor
Que vai junto com a tinta da caneta,
Um pouco de ódio, e um pouco de amor,
Para que escrevo? É tudo uma grande treta,
Não interessa para o quê ou para o que for,
Com a minha caneta, continuarei esta soneta.

"Aquele" meu relógio continua igual,
Os ponteiros nunca avançam, sempre parado,
Será isto normal?
De amargura deixo o chão que piso, sujado,
Só me tenho feito prejudicado, só me tenho feito mal.
No futuro olharei para isto, e direi..."É passado."

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mas porquê?

Para quê acordar?
Se voltarás a dormir,
Para quê descansar?
Se nesse botão voltarás a premir.

Para quê de manhã abrir os olhos?
Se de noite os voltarás a fechar,
Para quê ires por atalhos?
Se depois teres que regressar.

Para quê fazer a cama?
Se voltarás a desfazê-la,
Para quê dizer que ele a ama?
Se voltará tudo á mesma mazela.

Para quê regar uma flor?
Se no fim irá morrer,
Para quê chamar-te de amor?
Se no fim tudo se irá desvanecer.

Para quê te lavares?
Se no fim te voltarás a sujar,
Para quê te chateares?
Se no fim voltarás a amar.

Para quê perguntares?
Se voltarás a perguntar,
Para quê me amares?
Se no fim me voltarás a odiar.

É estúpido, mas nínguém sabe as respostas,
Se pensares assim,
E deste meu pensamento gostas,
Terás uma doença igual a mim.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Relógio.

Tomo um banho de amarguras,
De água gelada,
De pensamentos e palavras duras,
Mas tudo para te voltar a ver, minha amada.

Abro uma porta de madeira,
Saio de um mundo horrível
Para um pior, sei que já fiz asneira,
Ainda assim, este será mais apetecível.

Entretenho-me com coisas banais,
Á tua espera, sei que virás,
Espero, mas jamais,
Mas quando chegares, meus olhos abrirás.

Entre o fumo do cigarro que expiro,
Entre o relógio que está parado,
O teu cheiro que se aproxima, já o respiro,
Mas o meu relógio continua atrasado.

Mexe os ponteiros, ordeno-te
Merda para ti e merda para o tempo,
Quem tu pensas que és? Odeio-te!
Sempre contra mim, sempre um contratempo.

Uma eternidade depois lá apareces,
Os ponteiros finalmente se mexeram,
Que estupidez, descobri que afinal só me aborreces,
Tantas foram as palavras que se abstiveram.

Para quê a espera?
Para quê todo o sacrifício?
Porquê estar sempre antes? na véspera?
Todo este tempo, não passou de um desperdício.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Fala-me dela.

De Primavera, fala me dela,
Da sua felicidade contagiante
Algo único que pertence só a ela,
Adoro-a demasiadamente.

De Verão, fala-me dela,
Ficarei encarregue, serei o seu tutor,
Ficará ao meu alcance, sobre a minha tutela,
Ficarei com o seu amor.

De Outono fala-me dela,
As folhas caem e ela entristece,
Nessa altura agirei com cautela,
É nessa altura que o meu coração por ela estremece. 

De Inverno, fala-me dela,
Da sua inabilidade,
O seu humor livre como uma aguarela,
Esperarei em qualquer estação, até ao fim da minha idade.

Enfim, fala-me dela,
Fica comigo e conta-me
Fico horas a ouvir-te, esta nossa novela,
Afinal, pode ser que ela me ame.

Migalhas.

Sou como um pombo
Sigo todas as migalhas que me deixas,
Cada bocado de cada madeixa
Triste e pobre tonto.

Não sopres na direcção errada
Não me afugentes
Antes que experimentes,
Só te quero como minha amada.

Segui as tuas migalhas até um certo ponto,
Até não conseguir viver,
Como eu disse, triste e pobre tonto,
Este pombo só a ti te quer.

Acabaram-se as migalhas
As tuas madeixas e olhos de peixe,
Peço ao teu amor que não me deixe,
Pois com ele no meu encalhas.

Não há mais migalhas, e eu voei,
As tuas madeixas e olhos de peixe eu perdi,
E o teu amor, nunca mais o vi,
E assim com a nossa história eu terminei.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

6 de 7

"Amo-te", disseste-me tu
Que me dissesses isso tinha eu medo,
Agora é tarde, estraguei tudo,
Gostava que o tivesses dito mais cedo.

Custou-te caro essa arrogância
E em mim impingiste 6 de 7 pecados
Queria-te inteira e não aos bocados,
Esse meu primeiro pecado seria a Ganância.

Por ti, anos esperei
A ti sempre te desejei,
Sou alguém que acima de todos te deseja,
Esse meu segundo pecado seria a Inveja.

Quero te tanto,
Depois de tantos anos com o mesmo pensamento
Sou alguém que acima de todos, de ti precisa,
Esse meu terceiro pecado seria a Cobiça.

Queria engolir o teu amor,
Cada vez que o vejo, seja como for
Tenho fome pelo teu amor, por ele o meu coração pula,
Esse meu quarto pecado seria a Gula.

Desejo o teu rosto,
Desejo o teu corpo,
Típico de uma pessoa "Sauria"
Esse meu quinto pecado seria a Luxúria.

Odeio-te de tempo em tempo,
Tudo devido ao teu comportamento,
O mais irado que alguma vez ela vira,
Esse meu sexto pecado seria a Ira.

Só houve um de sete que não cumpri,
Pois concluindo, fiz de tudo por ti,
Esta minha vontade que sempre se manteve omissa,
Este se o realizasse, seria a Preguiça.



*Sauria- Sabe o que quer da vida, e também como chegar lá. Tem grande habilidade para envolver as pessoas que podem ajudá-lo a tocar e realizar seus projetos, não se importa em ter que usar um teatrinho quando necessário. Possui uma sensualidade que não passa despercebida por ninguém, e aprendeu a se valer desta arma. Principalmente entre quatro paredes.Com tendência para se tornar demasiado controlador.