quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Sem paciência.

É demasiado tarde para ficar com ciúmes,
Hoje ainda te poderia ver nos olhos,
Olhos de peixe, brilhantes como cardumes,
Esses que em tempos me serviram como agasalho,
As nossas mãos que as unes,
Que se foda, que tudo vá para o caralho.

Falo da maneira que quiser,
Sem dó e sem piedade,
Podias hoje ser, a minha única mulher,
Sempre te levei com seriedade,
Agora que seja como Deus quiser,
O tempo que se esfumará juntamente com a minha idade.

Há sempre um pouco do escritor
Que vai junto com a tinta da caneta,
Um pouco de ódio, e um pouco de amor,
Para que escrevo? É tudo uma grande treta,
Não interessa para o quê ou para o que for,
Com a minha caneta, continuarei esta soneta.

"Aquele" meu relógio continua igual,
Os ponteiros nunca avançam, sempre parado,
Será isto normal?
De amargura deixo o chão que piso, sujado,
Só me tenho feito prejudicado, só me tenho feito mal.
No futuro olharei para isto, e direi..."É passado."

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